quinta-feira, 12 de outubro de 2017

The one with the... | Review: Riverdale



A par da recente estreia da segunda temporada, falar-vos de Riverdale pareceu-me adequado.
É o tipo de série que nos deixa colados ao ecrã, que nos faz esquecer de responder às mensagens e de beber o chá que preparámos como acompanhante dos 45 minutos de  emoção e mistério que sabíamos ter pela frente. 
Chegamos à cidade perante a morte de Jason Blossom, uma tragédia que abalou Riverdale pelas suas circunstâncias enigmáticas e pela tenra idade do falecido. Depressa percebemos que nem todos os pormenores do dia em que o rapaz se afogou batem certo, que ainda existem histórias para contar e segredos que necessitam de sair do lago.

Teen drama nunca me chamou a atenção, no entanto, Riverdale alimenta-se de uma atmosfera misteriosa que me cativou, ajudada pela existência de um narrador participativo, Jughead. Este ambiente é auxiliado por interpretações dramáticas dos personagens, uma escolha que podia ter corrido mal, mas que funciona tendo em conta a narrativa e a personalidade dos seus intervenientes.



Archie é o nosso protagonista. Trabalhador, bom amigo, apaixonado por música e pela professora que despertou o seu interesse na área. Um relacionamento do qual não se orgulha, que sabe condenável e que o fará esconder provas acerca da morte do Jason. 

Betty é a melhor amiga de Archie. O seu rabo de cavalo loiro e olhar inocente expõem o rótulo de girl next door. No entanto, como todos os outros personagens da série, Betty é mais do que isso e mostrará aos espetadores uma faceta violenta e transtornada que tenta manter apenas para si.

Tal como Betty, Veronica expande estereótipos. Depois de um escândalo financeiro, que teve como consequência a prisão do pai, muda-se de Nova Iorque com a mãe e tenta fazer emendas com a pessoa que era. Verónica é assertiva e determinada, batendo o pé pelos seus ideais.

Jughead, o nosso narrador, é, para mim, o melhor personagem da série. Desperta um desejo de proteção e carinho por nos ser mostrado que carece de tais privilégios. Tem um humor bastante sarcástico e é, acima de tudo, uma pessoa independente, que faria tudo para ajudar quem lhe é próximo.

Cheryl é a peça chave do nosso mistério. Irmã gémea de Jason, foi a última a ver o rapaz com vida, testemunhando o seu trágico fim. Criada numa família disfuncional e abusadora, Cheryl mostra-se manipuladora e temperamental, características agravadas pela morte do irmão. 


Não é uma série para todos os gostos mas, certamente, não é "mais uma série para adolescentes".
Os personagens são bastante humanos e falíveis, o enredo é fluído e deixa-nos curiosos para o próximo episódio. 




Gostei bastante da primeira temporada mas, para ser honesta estou reticente quanto à segunda. Foi um bom primeiro episódio, apesar disso pode ser mais do mesmo e isso estraga qualquer série. Estou à espera de ver crescimento dos personagens e "porquês" a serem respondidos, caso contrário a qualidade a que nos habituámos pode ser perdida.  

Já tinham ouvido falar da série?
Ficaram curiosos?
Qual é a vossa opinião»


4 comentários:

  1. Eu quero imenso começar a ver "Riverdale", mas tenho tantos filmes para ver e outras séries para acompanhar... :(

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  2. Tenho mesmo que dar uma oportunidade a Riverdale, ouço falar da série em todo o lado!
    la veine chronicles

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