“-Sei pois - ripostou Lila, alegremente”. - há a Londres Aborrecida, a Londres do Kell, a Londres Sinistra e a Londres Morta - recitou, contando-as pelos dedos e acrescentando: - Vês? Sou uma aluna atenta." ― V.E. Schwab, A Darker Shade of Magic (Uma Magia Mais Escura)
Uma Magia Mais Escura foi uma das melhores leituras que 2017 me deu, conquistando a prateleira dos favoritos sem grande batalha.
Primeiro volume da trilogia, introduz Kell, um dos últimos magos com a capacidade de viajar entre três universos paralelos, ligados por uma cidade mágica. A Londres Vermelha - onde vive e serve a realeza - é abundante em magia, que coexiste com os habitantes e é venerada; a Londres Cinzenta, aborrecida e desprovida de dote mágico e a Londres Branca, onde a magia está a consumir o mundo e os seus habitates. Existe ainda uma quarta, perdida na história e fechada aos outros mundos: A Londres Negra.
Oficialmente, Kell é o embaixador do império Meresh, trocando correspondência entre os réis das três Londres. Off books, contrabandista. Transportar objetos entre Londres é proibido e Rhy, príncipe da Londres Vermelha, faz questão de relembrar isso ao "irmão". É esta atividade que nos trás a peripécia da história: Kell aceita um objeto com magia capaz de destruir mundos. Já o fez uma vez.
Desta forma, torna-se traidor, fugitivo, é perseguido, atacado e encontra Delilah Bard, uma fora da lei que o rouba, salva e o obriga a aceitá-la como companheira de aventura.
É receita para uma daquelas fantasias.
Para além de elogiar as personagens, o mundo tem de ser referido. V.E. Schwab cria um universo tão intrigante e um sistema mágico genial, que nos faz querer saber mais e mais sobre o mundo. Não consegui pousar o livro.
O início pinta o cenário da história, mas não de forma lenta ou enfadonha, tudo menos isso.
Ainda não li os outros dois, mas estou ansiosa para fazê-lo. Foi um excelenote começo para uma história que ainda tem muito para descobrir. Esta foi só a primeira aventura.
Escusado será dizer que recomendo vivamente aos amantes de fantasia. É um YA excelente, que toca nos botões certos. É um preferido que ainda mexe com o meu lado de fangirl e me faz implorar aos meus amigos que leiam. Leiam porque não é bom, é excelente e, como eu, vão querer mais.